Há oito anos Leonardo Poltronieri investe em um dos segmentos que mais cresce no Brasil e no mundo, o mercado de rodeios, mais especificamente ele trabalha com a criação e o melhoramento genético de touros de pulo. Filho de um advogado apaixonado pela pecuária herdou a paixão do pai. Hoje é a terceira geração da família que investe no agronegócio.
Em 2005 criou a Companhia de Rodeio São Pedro, com sede em Amparo/SP. A companhia foi a maneira que encontrou para agregar valor aos animais da sua fazenda, mas o negócio acabou se transformando também em um hobby. Há oito anos começou a treinar animais resultantes do cruzamento de touros Simental com vacas Nelore. E iniciou sua seleção genética para produzir animais com mais aptidão para o pulo. Hoje, usa a base do cruzamento industrial com grau de sangue variado, principalmente das raças Simental e Marchigiana. “A partir de acasalamentos direcionados iniciamos os cruzamentos visando chegar a um animal ideal. Animal esse que traga as características que os juízes do rodeio avaliam”, disse Poltronieri.
Na sua análise, o mercado de touros de pulo está em franco crescimento, tanto no Brasil como no mundo, o que exige a renovação constante dos touros. “Uma companhia de rodeio é como um time de futebol, os touros são como os jogadores, ou seja, atletas e cada companhia quer ter um número maior de craques”, ressaltou.
Ainda segundo Poltronieri, esse mercado crescente desperta a atenção de investidores do setor e os levam a adquirir parte, ou a totalidade de animais, em sociedade com tropeiros do Brasil e do mundo.
O número de rodeios no Brasil já demonstra que o mercado está em crescimento, levando multidões às festas por todo país. “A expansão com certeza será ainda maior, pois cada vez mais pessoas lotam as arenas para assistir às montarias e não apenas os shows. Tanto visto que os animais, os touros de pulo, atraem fãs por todo mundo. Bonés, camisetas e souvenir com imagens dos animais são comprados em grande número durante os eventos,” disse Poltronieri.
Para acompanhar a tendência mundial, pela terceira vez Poltronieri acompanhou a final mundial de montarias em touros, que aconteceu no mês de outubro em Las Vegas. No evento é consagrado o melhor peão do mundo. Consequentemente, o melhor touro da final também é destacado. “O evento é incrível e atrai amantes do esporte do mundo todo. Durante os dias de competição você encontra pessoas de diferentes nacionalidades, vestidos de bota, fivela e chapéu, por toda a cidade de Las Vegas”, ressaltou. Ainda segundo Leonardo, a presença de brasileiros é marcante nesse campeonato, tanto que o Brasil tem os títulos de tri-campeão com Adriano Moraes, título ainda inédito, e o bicampeonato com Silvano Alves.
O mercado de touros de pulo teve uma alavancada com a entrada da PBR no Brasil motivando o profissionalismo e a seriedade para este universo que envolve o esporte, a competição e o mercado financeiro. Ainda segundo Leonardo, a PBR trouxe mais tranquilidade tanto para os tropeiros como para os peões e comissões organizadoras dos eventos. “Regras estabelecidas pela PBR tornaram o rodeio brasileiro um verdadeiro negócio. Hoje, festas chanceladas pela PBR mostram que o rodeio é um evento organizado e profissional, preocupado com o bem-estar animal e a segurança dos peões”.
Segundo Leonardo, a seleção genética de touros de pulo é crescente e sem volta no Brasil. A referencia é o mercado americano, após quatro décadas de seleção. “O touro de pulo é um animal com aptidão para pular, é genética, e isso é transmitido a seus descendentes. A seleção de touros de pulo está apenas iniciando no Brasil, mas chegará aos mesmos patamares dos cavalos de hipismo e de corrida, com uma grande diferença, o touro de pulo não é obrigado a transpor alturas impostas, nem correr contra o relógio, ele pula para onde quiser no momento que a porteira do brete é aberta”, explicou.
Fonte: Terra Boa Agro