Momentos depois de Silvano Alves ser introduzido como o Campeão Mundial de 2008, outro campeão ficou sozinho na parte de trás dos bretes.
Como os holofotes brilhavam para Alves, Guilherme Marchi olhava com orgulho.
O campeão de 2008 sorriu e aplaudiu. Sabendo o que é preciso fazer para conquistar o título após 10 meses de competição, ele derramou algumas lágrimas de alegria.
“Você precisa ser forte fisicamente, forte mentalmente, porque é difícil para nós – muito difícil”, disse Marchi.
“Estou tão feliz por estar aqui e montar pelo Brasil.”
Em 2011, as manchetes citaram nomes como Alves e Marchi, Robson Palermo e Valdiron de Oliveira. Os recém-chegados como Fabiano Vieira, Rubens Barbosa, Paulo Lima, e Douglas Ferreira também entraram na discussão nacional.
Seis dos últimos 11 campeonatos da PBR deram o título ao Brasil, incluindo três dos quatro últimos: Alves, Renato Nunes (2010) e Marchi (2008).
Este ano, os “vaqueiros” simplesmente dominaram.
Na Built Ford Tough Series, era comum que um quarto do sorteio representasse o Brasil. Como um grupo que conquistou dois terços de todos os eventos da temporada.
No final da temporada, o Top 5 na classificação mundial – Alves, Oliveira, Palermo, Marchi e Vieira – são do Brasil.
“Eu amo ver todos os caras vindo aqui e dar seu máximo, dar tudo o que eles têm para montar nos touros”, disse Palermo. “Quero agradecer a PBR por todo o apoio e a todos os fãs norte-americanos. Onde quer que nós vamos, todo mundo diz, ‘Boa sorte’, e isso significa muito.”
Cada um dos Top 5 competidores, juntamente com Nunes, compraram um rancho no Texas, com planos, de a longo prazo viver nos Estados Unidos.
Todos os brasileiros, com as exceções de Palermo e Marchi, estão vivendo na área de Decatur e Boyd, onde suas famílias se adaptaram à cultura local. Seus filhos frequentam a escola em Decatur, suas famílias freqüentam a igreja lá, e eles estão aprendendo Inglês com a ajuda de moradores locais.
Eles estão aqui por uma razão, que é sustentar as suas famílias. A única maneira de garantir de montar em touros mais do que ninguém.
“Os caras vêm do Brasil, para outro país, e mostram como eles são bons”, disse Marchi, que está tão orgulhoso de seus conterrâneos como ele tem de sua própria família. “Você viu … nas Finais, os caras vieram aqui em preparação para as finais para montar touros, e muita gente está aqui.”
No último domingo, havia bandeiras brasileiras em todo o Thomas & Mack Center. Após a rodada final, os fãs sul-americanos reunidos dentro arena e gritavam: “Eu sou brasileiro com muito orgulho e com muito amor”. Até então, Marchi se juntou à festa.
“Você quer que todo mundo pare e faça uma nota alta”, disse Palermo, que venceu a Finals, pela segunda vez em quatro anos. “Você quer que eles parem e façam um 91, 92, ou 93. Este é o apoio que o brasileiro tem – Todo mundo apoia todo mundo”.
Foi, naturalmente, um momento especial para Alves.
Em entrevista no início deste ano, ele e Vieira disseram que mais do que qualquer coisa, eles querem ser pensado como grandes embaixadores para o Brasil.
“Eu acho que vai ser ótimo não apenas para nosso país, mas para o nosso esporte em geral – como um todo”, disse Adriano Moraes, que veio pela primeira vez aos EUA, no final de 1980 e tornou-se campeão mundial da PBR, e é o único tricampeão. “Esse garoto, eu acredito, vai ser aquele que vai reescrever os livros de história”.
Por Keith Ryan Cartwright
Traduzido por BullRiding.com.br
