Heróis e Lendas: Adriano Moraes

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Adriano Moraes fez muito mais pelo o esporte de montaria em touros do que ganhar seus três Campeonatos mundiais.
Antes de sua chegada, os peões canadenses e australianos, há um tempo, já haviam se estabelecido como competidores, e até mesmo o México promoveu alguns outros ao longo dos anos, embora o esporte não fosse tão organizado por lá.

Mas com o surgimento de Moraes, a PBR se solidificou com presença internacional, em cinco países e em três continentes.

Moraes disse que até então, “ninguém sabia que a América do Sul tinha rodeios e montarias em touros”. Ele ainda observou: “Algumas pessoas pensavam que o Brasil fosse outro estado no México ou algo assim. Ele ajudou a colocar o Brasil no mapa para o esporte de montarias em touros”.

A PBR não foi fundada apenas para dar aos competidores a oportunidade de viver melhor do que seus antepassados, mas manteve-se como um farol de esperança “para qualquer um e de qualquer lugar do mundo”. O título de campeão mundial de Moraes em 1994 foi apenas o começo. Troy Dunn se tornou o segundo competidor internacional a ganhar um título na PBR, quando o australiano venceu em 1998, um ano depois de vencer na sua segunda participação na Final Mundial.

Moraes ganhou outros dois títulos mundiais (em 2001 e 2006), o seu colega brasileiro Ednei Caminhas (2002), Guilherme Marchi (2008) e Renato Nunes (2010) também ganharam campeonatos. Os quatro principais candidatos deste ano – Silvano Alves, Valdiron de Oliveira, Marchi e Robson Palermo – são todos do Brasil.

“Isso é o que os fundadores da PBR queriam”, disse Moraes. “Eles queriam dar a oportunidade a qualquer pessoa no mundo que pudesse montar touros, ser capaz de ganhar a vida e se aposentar após praticar este esporte. Eles não têm de gastar 20 anos de sua juventude montando em touros e depois trabalhar com construção civil”.

Houve outros brasileiros antes de Moraes, mas nenhum chegou perto do impacto duradouro que ele fez. Na verdade, de acordo com Moraes, houve 36 eventos no Brasil no ano anterior de sua ida aos EUA. Ele venceu 12 eventos e seu rival venceu outros 12, mas foi Moraes foi o convidado a competir em eventos da PBR, em grande parte por causa de seu desejo pessoal e dedicação à PBR.
“Na época, a PBR estava no começo”, lembrou Moraes, “mas sabíamos que iria crescer. Não era um sonho, era um projeto. Um sonho é algo que você apenas acredita que aconteça. Um projeto – você está trabalhando nisso”. “Era pequeno, mas era muito bem organizada”. “Ficamos juntos”, disse ele sobre os competidores envolvidos, em meados da década de 1990, “não por causa de dinheiro, mas por causa do que nós tivemos”.

Em 1994, Moraes disse que viu uma oportunidade “de crescer juntos”. Hoje, ele ainda vê a PBR como uma oportunidade. Mas agora a sua visão é menor do que ver pilotos internacionais indo para a América do que se tratar do crescimento da PBR Brasil, PBR Austrália e PBR México, bem como estabelecer eventos autônomos da PBR nos países europeus. Em 2001, Moraes produziu quatro eventos PBR no Brasil, as vitórias destes eventos contaram para a qualificação para a Final Mundial. Moraes, que atualmente é o presidente da ABBI Brasil, disse que, embora o esporte fosse semi organizado aqui no Brasil, ele nunca sonhou que um dia haveria um escritório PBR, até se tornar uma realidade há quase seis anos.

Aposentado há quase três anos, Moraes agora está focado em garantir que a PBR possua os melhores competidores de todo o mundo. “Nós não mentimos quando dizemos: ‘Este é um Campeão Mundial”, explicou ele, “porque todos esses rapazes que são profissionais – que montam em qualquer lugar do mundo – vão se qualificar para ir aos EUA e, em seguida, eles podem ganhar pontos – na Built Ford Tough Series – e ser coroados como Campeão Mundial”.”Não há dúvida sobre isso, quando você assiste a PBR, você está vendo os melhores peões do mundo inteiro.”

Moraes disse que ele pode ver a PBR realizando alguns eventos na Europa Ocidental, Ásia e até mesmo na Rússia. Há alguns anos, ele conheceu um casal de russos que viajou para Las Vegas, mas eles não foram para jogar nos cassinos, mas porque eles estavam interessados em ver a Final Mundial. Naquele mesmo ano ele conheceu alguns fãs da Inglaterra e da Alemanha. “Se eles estão dispostos a voar para os EUA”, disse ele, “imagine quando estivermos lá.”

Ele e Paulo Crimber deram cursos de montarias em touros na Itália. Moraes disse que trabalhou com alguns peões amadores da Espanha, Itália e França, juntamente com alguns brasileiros outros que viajavam com eles, mas ele admitiu que a qualidade dos touros é significativamente menor em outras partes do mundo. Mas só é necessário um tropeiro em potencial para iniciar um programa de melhoramento genético.

Moraes disse que é provável que a PBR sedie algum evento em outros países, entre os próximos três a cinco anos. Ele acrescentou: “A idéia de abrir mais escritórios é ser mais como o futebol… Onde houver gado, haverá montaria em touros”. Ele acredita que uma vez que a PBR começar realizar eventos internacionais, uma ou duas vezes por ano, irá incentivar mais competidores estrangeiros à prática do esporte. Por sua vez, a PBR poderia abrir de cinco a 10 vagas nos sorteios em cada evento, a fim de explorar o talento e assistir o seu potencial desses estrangeiros a se desenvolver.

“Quem sabe, talvez em 20 anos vamos ter um escritório no Japão, na Alemanha, Espanha, Itália ou França, porque lá eles já estão montando touros”. “O potencial está lá, mas ainda é muito pequeno”, continuou ele. “Esse é o meu sonho, para se tornar o novo futebol… O mundo quer vê-lo. As pessoas já estão nos observando em mais de 85 países”.

Por Keith Ryan Cartwright

Traduzido por BullRiding.com.br

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